Girassol

Que jardim lindo!
Queria um jardim assim, onde todas se completam, onde há cor, onde há sabor, onde há vida…

Mas meu jardim não é assim… Perdi horas do meu presente sonhando com aquele jardim que de nada me serve, nem de aconchego muito menos de … Faltam-me as palavras. Ah, muito menos de incentivo! E agora já vivo um futuro presente que já é passado… Vivo mesmo o quê?

O meu jardim é uma flor pequena no meio de muitas. Um girassol! E lá procura a luz…
Da escuridão? Na escuridão é cabisbaixo, só, no meio de muito…
A cada manhã, um nascimento, a cada crepúsculo, um desfalecimento. É assim o meu jardim…

- Atão e o resto das flores?

Ah pois, lá estão sem e com cor, sem e com sabor, sem e com vida… Ai que lindo o jardim meu!

Estranho o estrumar das terras, só com estrume é que há crescimento, percebo agora o semirreflexo da pátria, primeira parte completa, segunda: tão pouco.

- E queres estrume para o teu jardim?

Quero luz!

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